A Antigüidade Oriental
Um estudo a partir do conceito de modo de produção
 


Alunos: Irineu Mauricio Vanderlei Tenório Filho e                 José Leandro Ramos de Lima         1"B"

Professores: Jorge Aguiar
                   Carla Navarro


A ECONOMIA:

        Basicamente, a atividade econômica da maioria dos povos da antiguidade oriental era a agricultura. As primeiras civilizações surgiram nas regiões onde as terras eram bastantes férteis, que permitia tanto a fixação do homem, como também o surgimentode cidades.
        O cultivo visava em abastecer a civilização, depois começaram a produzir para uma economia de troca. Ao contrario da
agricultura, a pecuária também era praticada, com a criação de bois, porcos, cabras entre outros. Por causa da localização
geográfica, alguns povos tornaram-se importantes intermediários entre os outros impérios, apoderando-se de um lugar de
destaque entre essas trocas. Muitas vezes, utilizavam o sistema de troca direto. Entretanto, a partir do século VII a.C.,em
algumas regiões já começavam a cunhar moedas de ouro, que em pouco tempo se tornaram padrão de troca. As atividades
artesanais produziam tecidos, vidros, jóias e etc, que era controlado pelo Estado. Havia também o artesanato doméstico, que
servia para a produção de objetos domésticos de uso pessoal.
        O setor de transportes progrediu consideravelmente, com a abertura de estradas, utilizavam camelos e cavalos, como meio de locomoção, já no setor de transporte marítimo, o desenvolvimento foi mais notável.
        O aspecto mais considerável ao analisar a vida desses povos orientais, é o papel do estado, pois esse era notável em todos os setores da economia e na agricultura, já que todas as terras pertenciam ao estado ou aos sacerdotes.
 

A SOCIEDADE

        A base da sociedade do antigo oriente era a familia patriarca. Na familia, o chefe era o homem mais velho e exercia funções amplas. Podemos generalizar a divisão social das sociedades da Antiguidade Oriental em três grupos fundamentais: o grupo mais elevado na escala social era composto pela família real, os nobres, os sacerdotes, os funcionários da burocracia estatal; o intermediário constituía-se de funcionários, artesãos, comerciantes, camponeses; finalmente, na base, a maioria, composta por servos e escravos.
        O sistema de castas da Índia constituía uma exceção. Castas são grupos sociais fechados, sem a menor possibilidade de alteração do status social. Eram quatro as castas: os brâmanes – ou sacerdotes –, encarregados do culto e da preservação do saber, exerciam uma espécie de tutela sobre os demais grupos; os chátrias ou nobres, que se dedicavam às atividades militares, judiciais e governamentais; os vaicias, grupo composto por comerciantes, artesãos e agricultores; e os sudras, considerados elementos inferiores, encarregavam-se de servir os membros dos outros grupos. Havia, ainda, um grupo marginalizado, composto de párias. O pária (impuro) era um indivíduo nascido de uma união, considerada ilegal, entre indivíduos de diferentes castas, que não podia se incorporar nem à casta do pai, nem à da mãe.
 

A VIDA POLÍTICA

        De fato, as instituições políticas orientais eram profundamente influenciadas pela religião e constituíam, para alguns autores, autênticas teocracias. Em quase todas as sociedades, o governante era considerado uma divindade ou um filho de um deus.
        No Egito, o faraó era inicialmente considerado como o filho do deus Hórus e posteriormente o filho do deus-Sol, Rá. Para os egípcios, o faraó era o soberano todo-poderoso, objeto de culto que concentrava em si os poderes político e espiritual. Entre os mesopotâmicos, o rei era o sacerdote de Anu, o deus do céu; na Pérsia, era o representante de Ahura-Mazda, o grande deus; na China, era o filho do céu. Entre os hebreus e os hindus, a influência dos sacerdotes sobre os governantes era ampla.
        O caráter absoluto do poder,  pode ser mais bem compreendido quando se sabe que existia uma forte ligação entre
governo e religião. De fato, ao basear seu poder na religião, os soberanos passaram a não conhecer limitações à sua atuação.
É bem verdade que havia exceções a esse quadro, como a Fenícia, por exemplo, em cuja vida política comerciantes bastante
prósperos chegaram a influir poderosamente.
        Havia uma grande preocupação com os aspectos administrativos, o que pode ser observado no Império Persa. Uma
complexa máquina burocrática foi criada para permitir uma correta administração. Coletores de impostos, fiscais, mensageiros,
governadores, escrivães, juízes eram alguns dos membros dessa burocracia. Os governos orientais criaram ainda serviços de
correio, arquivos e estatísticas.
 
 

A VIDA RELIGIOSA:

        A religião era de suma importância para os povos orientais. Com poucas exceções, as sociedades orientais possuíam
religiões do tipo politeísta e antropozoomórfica, os quais tinham formas humanas ou de animais. As exceções a esse quadro são fornecidas pelos povos hebreu, persa e hindu. No Egito, houve uma tentativa de acabar com politeísmo, realizada pelo faraó Amenófis IV. Na verdade, o objetivo maior do faraó era acabar com a influência da classe sacerdotal. Determinou a crença em apenas um deus, Aton (o Sol), mas as resistências foram muitas, e a tentativa fracassou.
        As religiões dos persas e dos hebreus apresentavam características diferentes, quando comparadas às das demais
sociedades da Antiguidade Oriental. A dos hebreus, por exemplo, constituía uma religião revelada por deus, tido como criador
do mundo e de tudo o que há nele, a um líder, que se encarregaria de transmiti-la ao povo. Javé, único deus hebreu, teria se revelado a Abraão. Já na Pérsia, a princípio, admitia-se a existência de dois deuses antagônicos, Ormuz, deus do bem, e Ariman, deus do mal. No século VI a.C., o reformador religioso Zoroastro implantou o monoteísmo: Ahura-Mazda (Ormuz) passou a ser o único deus.
        A Índia também mostra um quadro diferente. Com efeito, lá podemos constatar uma evolução do politeísmo das religiões
antigas, o vedismo e o bramanismo, para o ateísmo do budismo.
        No século V a.C., Sidarta Gautama, filho de um príncipe nepalês, após romper com as convenções sociais e meditar até
tornar-se um Buda, deu início à pregação das novas verdades, que se consubstanciaram no budismo. Partia-se do princípio de que tudo o que existe são a dor e o sofrimento; e o mal supremo é ter consciência disso. Assim, o fim da dor está na libertação da mente, através do esmagamento do desejo por meio da retidão de comportamento.
 

ARTE, LITERATURA E CIÊNCIA:

         A religião é constituída pelas maiores artes da literatura, temos como exemplo a Bíblia Hebraica, os vedas Indianos e na Pérsia o Zend-Avesta. Eram livros destinados a pregaçãoda religião.Nas artes a religião também participa, a maior manifestação artística foi a arquitetura. Os povos do Antigo Oriente usaram elementos bastante resistentes para a construção de edificações, principalmente para túmulos, templos, etc.
        A pintura, mesmo sendo uma parte da arquitetura, desenvolveu-se à parte, mostrando o modo de vida dos povos da Antiga civilização Oriental. Na produção científica, temos se destacando a matemática, astronomia e medicina.A mesopotâmia desenvolveu bastante a astronomia. Na matemática o Oriente ajudou significamente com o desenvolvimento do sistema sexagesimal, base da geometria, medidas de áreas e volumes foram elaborados por egípcios e mesopotâmicos, cálculo do valor de pin, feito pelos hindus e chineses; invenção dos algarismos ditos “arábicos”, pelos hindus; o sistema decimal, criado pelos egípcios. Na medicina o uso de plantas medicinais, cirurgias entre outros, foi desenvolvido no Oriente. A escrita Cuneiforme foi a escrita mais antiga, desenvolvida pelos Mesopotâmicos.