Sistema de numeração
Há
mais ou menos 3.600 anos, o faraó do Egipto tinha um súbdito
chamado Aahmesu, cujo nome significa “Filho da Lua”.
Aahmesu ocupava na sociedade egípcia uma posição muito
mais humilde que a do faraó: provavelmente era um escriba. Hoje
Aahmesu é mais conhecido do que muitos faraós e reis do Antigo
Egipto. Entre os cientistas, ele é chamado de Ahmes. Foi ele quem
escreveu o Papiro Ahmes.
O papiro Ahmes é um antigo manual de Matemática. Contém
80 problemas, todos resolvidos.
A
maioria envolve assuntos do dia-a-dia, como o preço do pão,
a armazenagem de grãos de trigo, a alimentação do
gado.
Observando
e estudando como eram efetuados os cálculos no Papiro Ahmes, não
foi difícil aos cientistas compreenderem o sistema de numeração
egípcio. Além disso, a decifração dos hieróglifos
– inscrições sagradas das tumbas e monumentos do Egipto –
no século XVIII também foi muito útil.
O sistema de numeração egípcio baseava-se em sete
números-chave:
1 10 100 1.000 10.000 100.000 1.000.000
Os egípcios usavam símbolos para representar esses números.
Um traço vertical representava 1 unidade:
Um osso de calcanhar invertido representava o número 10:
Um laço valia 100 unidades:
Uma flor de lótus valia 1.000.
Um dedo dobrado valia 10.000.
Com um girino os egípcios representavam 100.000 unidades.
Uma figura ajoelhada, talvez representando um deus, valia 1.000.000.
Com a ajuda deste sistema de numeração, os egípcios
conseguiam efectuar todos os cálculos que envolviam números
inteiros.
Para isso, empregavam uma técnica de cálculo muito especial:
todas as operações matemáticas eram efectuadas através
de uma adição.